[...] Eu lembro, amor. De tudo,
cada passo que a gente deu para as
diversas direções que já fomos.
Lembro das brigas também.
Lembro de pensar que o amor é
perfeito, que bobeira, o amor é
pura imperfeição. Perfeitos só os
casais do comercial da Becel (sem
sal)... Lembro de já ter ficado triste
por te deixar triste. Lembro de me
sentir mal com isso. Lembro dos
momentos em que a gente foi bobo
e feliz. Lembro que sou feliz a
maior parte do tempo, pelo simples fato de você existir em mim. Lembro de descobrir que um sentimento não serve para ser dito,
como coisa que fica bem em filme
ou texto, ele tem que ser vivido de
forma plena. Lembro de não
conseguir me permitir sentir tanta
felicidade assim. Lembro da tua
mão, que sempre acha a minha.
Lembro dos teus dedos, que
sempre me fazem carinho. Lembro
da tua boca, que sempre me
acalma. Lembro do teu rosto de
menino, que me olha como se
ainda fosse aquela primeira vez.
Lembro de cada coisa que
descubro, manias, gestos,
pensamentos.
Clarissa Corrêa
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